Sonntag, 9. Oktober 2016

Sieger Köder Museum



Hoje uma categoria nova, um museu.



Ontem fui conhecer o Sieger Köder Museum em Ellwangen. Sieger Köder era um padre/pintor alemão. Eu já conhecia muitas obras dele, mas ainda não tinha visitado o museu que abriu há 10 anos. Gostei bastante.

Os seus temas mais conhecidos são passagens bíblicas e harlekins, num certo estilo que (como muitas vezes na arte) não faҫo a mínima idéia de como se chama. Mas descobri ontem, que ao longo da vida dele ele teve vários estilos de pintura, e também outros temas. Principalmente no comeҫo, enquando era uma prisioneiro de guerra e ainda não padre. 



Gostei muito, porque os quadros por um lado são bem diretos, o assunto (ou a passagem bíblica, quando a gente conhece um pouco) é rapidamente reconhecido. Por outro lado ainda deixa muito espaҫo para a interpretaҫão individual.

Assim por ex esse quadro da samaritana no poҫo. O óbivio é uma mulher no poҫo. Mas quem são as reflexões na água, o que ela estará pensando, etc.



Apesar de serem bastante quadros, também não são quadros demais. Ou seja, um pouco sobre cada assunto, mas não chega a cansar. Pessoalmente quando passa de 1 ou 1 ½ hora de visita a um museu eu desligo e não consigo mais aproveitar. Este ficou abaixo desse tempo.

Para competar o tour Sieger Köder ainda visitei a capela no Kinderdorf de Ellwangen, em que ele fez o altar, um quadro de natal na parede de trás da capela (na época de natal os bancos são virados para ser a frente), um vitral e a porta. Não tenho como dizer qual desses quatro gostei mais. São imagens bem diferentes, mas cada um muita bonita e com um simbolismo muito grande. 


 A pintura da cena de natal por exemplo tem o lobo de Gubbio se referindo à lenda de Francisco de Assis e uma passagem bíblica (Is 11,6), tem crianҫas normalmente excluidas da sociedade, etc. Sobre esse quadro existe um livro, relatando muito do simbolismo embutido. O quadro junto com o texto para mim mostram o que o natal pode ser se olhado pelo lado religioso, mas com amor ao próximo.

Ontem não continuei, mas acredito que voltarei para a cidade de Ellwangen e arredores, para conhecer as outras igrejas onde ele planejou os altares, vitrais ou a via sacra. Alguns já conheҫo de visitas passadas, mas como já faz muitos anos, quero rever. 


Freitag, 7. Oktober 2016

Die Räuber



Hoje mais um livro. Mas um bem diferente do que estava lendo ultimamente. Um clássico da literatura alemã, uma peҫa de teatro do século 18 de Schiller. 

  Wikipedia: Foto H.- P. Haack



Foi numa das visitas a uma livraria, quando fuҫando o que tinha, me deparei na frente da prateleira com os clássicos. Tem dois autores bem famosos alemães (Goethe e Schiller) dos quais sei que são famosos, mas fora isso conheҫo pouco. Então resolvi levar uma peҫa de cada.

Comecei com “Die Räuber” (Os bandidos). As primeiras páginas foram bem difíceis. Só o fato de ser uma peҫa e não um texto já foi estranho. Juntando com a linguagem antiga então....
Mas logo fui percebendo que dá para se acostumar rapidinho e que a história ou melhor os temas não tem nada de antigo ou ultrapassado, apenas o jeito de apresentá-las.

Sinopse (ou melhor, uma tentiva): Um conde tem dois filhos. O mais velho (bom) está fora para estudar e se meteu em um encrenca (mais ou menos grave). O mais novo (mau) resolve nao passar ao pai uma carta do irmão onde pede desculpas e assim faz com que o pai o deserde.  O mais velho então resolve ser bandido e passa a roubar, matar etc. Ele gostaria de fazer isso a la Robin Hood, mas no grupo tem uns que querem ser bandidos do mau mesmo. Enquanto isso o irmão mais novo mata o pai de susto/tristeza ao contar que o irmão morreu na guerra por causa do pai.
No final da história o irmão mais velho volta para casa, descobre o que aconteceu, que o pai também não morreu (ele acabou sobrevivendo e salvo por um criado), que a noiva ainda o ama. Durante a revanche o irmão mais novo se mata, o pai morre de vez de susto por ver o filho vivo, o galã por não se achar digno não aceita a noiva que acaba sendo morta e ele se entrega ao carrasco.

Como dá para perceber, muito drama, muitas emoҫões, muitas indas e vindas, ou seja uma “novela”.

O que eu achei muito interessante e o que me fez decidir que também lerei o outro, é que encontrei muitas expressões, muitos jeitos de pensar e agir do povo alemão já presentes naquela época. Como muitos, regularmente caio na armadilha de achar que fui eu ou a minha geraҫão a inventar algo. E nessa peҫa tenho uma prova que não é bem assim (afinal nao tem como alguém há 250 anos copiar algo que eu “descobri” recentemente ;-))

E só para vocês não estranharem, minha ediҫão não se parece com a foto lá em cima. Ela tem 10x15 cm e é assim: