Donnerstag, 30. März 2017

Born to run

Hoje um novo livro. Esse foi um livro mais pesado. Não daqueles que a gente lê no final do dia sem precisar usar a cabeça ou sem pensar a respeito da vida. 


Quando o livro saiu no ano passado me chamou atenção de que na sinópse falavam que ele descrevia sua depressão e que ninguém sabia a respeito antes disso. Como esse tema me é familiar, queria ler a autobiografia.

Demorou um pouco até eu comprar o livro (estou tentando não comprar todos os que eu gosto logo de cara para descobrir se consigo emprestar de alguém ou se passa a vontade de lê-los). A vontade não passou e em fevereiro comprei em inglês mesmo, porque prefiro ter só a interpretação do autor e minha e não ainda de um intérprete.

A primeira vez que li algumas linhas me pareceu bem complicado. Será que o inglês da biografia seria muito difícil? Deixei de lado até um momento onde teria mais calma.



E com mais calma comecei a ler de verdade. Os primeiros capítulos continuaram difíceis. Mas também interessantes. E quanto mais eu lia, mais fluia. Não sei, se porque me acostumei com a linguaguem dele, ou se ela realmente mudou no decorrer do livro. Não chequei depois de terminar, mas suponho que uma mistura das duas razões é verdade.

Como já aparece na sinopse, o livro é a autobiografia do Bruce Springsteen. Apesar de quase tudo ser relatado em ordem cronológica, também há pulos para mais adiante para depois voltar.

E o que foi que eu gostei?

Primeiro como já escrevi em posts anteriores, por ser uma autobiografia, mostra como uma pessoa que escolheu „the big road“ como ele diz, vê sua vida e o que o levou a ser esse astro mundialmente conhecido.

Segundo quanto mais eu ia lendo, mais a personalidade dele foi me cativando. Ele mostra muitas das características que eu quero viver.
  • agradecimento a todos que ajudaram na sua trajetória
  • as decisões/as músicas tem uma razão de ser (não sei se essa razão era tão clara na hora de tomá-las, mas agora olhando para trás ele encontra uma razão para suas escolhas)
  • sucesso não só pelo acaso, mas pelo esforço e dedicação
  • tentativa de perdão com as pessoas que foram importantes, mas com as quais por razões diversas houve um rompimento na relação

E por último a constante luta contra depressão. Mas não uma luta agressiva, mais um tomar cuidado e de aceitar que o perigo existe, esquecer esse cuidado e entrar numa crise, sair dela, etc. Para ele um dos jeitos de ir contra é estar em movimento (shows, motocicleta,...). Essa também a razão do título do livro „Born to run“.
Esse último ponto me lembra muito a minha própria trajetória com seus altos e baixos. E como sempre, quando vejo que outra pessoa já teve experiencias parecidas e que não sou a única a lidar com certa dificuldade isso me consola e ajuda.

Foi por isso também que como em um filme emocionante, passei metade do livro com lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios.

E para acompanhar a leitura a biblioteca musical do amazon ou do youtube foi muito boa. Não só lia a respeito de um álbum, mas conseguia ouvir as músicas e entrar no espírito descrito. 

Donnerstag, 16. März 2017

Cézanne e moi



Hoje escrevo sobre um filme. Tinha lido a sinópse dele já ano passado quando saiu, mas só agora que pude assistir.




O que me fez querer assistir o filme? Primeiro por ser uma biografia sobre artistas (descobri que gosto de saber mais sobre pessoas que de alguma forma não seguiram as convenҫões, tiveram que lutar pelo que acreditam e acabaram deixando algo para geraҫões futuras) e segundo por falar sobre o tema da amizade.

E valeu. Por ambas as razões.

Não conhecia nada sobre a vida de Cézanne e Zola, sabia apenas que eram pintor e escritor (e que Zola escreveu um romance chamado Nana, porque é uma pergunta frequente em palavras cruzadas). Agora sei que viveram no século 19, eram amigos de infância, Zola já tinha sucesso cedo, Cézanne apenas no final da vida e após sua morte, que Cézanne não se dava com seu pai, Zola muito bem com sua mae e que foi orfão de pai, que Zola além de escritor foi jornalista para poder pagar as contas no comeҫo da carreira, ambos foram rejeitados várias vezes pela sociedade de artes em Paris, ....

O aspecto da amizade eu achei ainda mais interessante. A amizade de infância, se tornando em amizade e apoio quando adultos e no final a ruptura entre eles. Como aconteceu? Porque durante anos tiveram um relacionamento entre brigas e reconsilhaҫões, o que fez persistirem e no final não mais na relaҫão?


Essas são perguntas que também venho fazendo para mim mesma ultimamente. O que é amizade? Porque escolhemos uma pessoa e não outra? O que espero de uma amizade? Posse ser amiga de todos?