E mais uma
vez demorou um tempo até eu escrever 😉
O livro de
hoje é de uma autora que eu gosto bastante e da qual já li muitos livros, Jodi
Picoult. O mais conhecido acho que é “Guardiã da Minha Irmã” adaptado
para o cinema com o nome de “Uma Prova de Amor”. Então quando saiu o novo livro
fui atrás. Demorou um pouco, ele já foi escrito em 2016, mas como importar
livros sempre é meio complicado só agora consegui.
Todos os
livros dela tratam de algum tema controverso e este não é diferente. O livro
fala de racismo, uma parteira negra acusada de causar a morte de um bebê de
pais que pertencem à supremacia branca.
A história
é contada a partir do ponto de vista da parteira, do pai da criança e da
advogada de defesa, que falam tanto sobre os acontecimentos atuais, como também
de como chegaram até ali.
E porque eu
gostei?
Porque como
muitas pessoas brancas normalmente não penso muito sobre racismo e quando sim é
mais para dizer que eu não sou racista e que o assunto não tem haver comigo. E
este livro, como também várias outras reportagens ou blogs que li ultimamente,
abordam o assunto não só a nível individual, mas de um nível mais institucional
ou da sociedade. Não só se eu trato diferente uma pessoa pela raça, cor da pele
etc, mas qual o tratamento e as oportunidades que eu tinha ou tenho devido a
minha cor da pele, classe social etc e outros não tem.
Um assunto
delicado. Porque sim, eu sei que tenho tido muitos privilégios. Ver isto é a
parte fácil. Mas agora, o que fazer com este conhecimento? Sou uma pessoa má
porque muito do que tenho foi conseguido porque outros não tiveram estas oportunidades?
Pegar tudo o que tenho e “dividir entre os pobres?”, organizar passeatas?,
ignorar?, me sentir mal com isso?, ...
Não tenho respostas
a estas e muitas outras perguntas. Mas sei que sou grata a pessoas como Jodi
Picoult que fazem com que eu (e espero que outros também) comece a refletir
sobre o assunto. E isto com certeza é um primeiro passo importante para a mudança
(porque aqui não há dúvida para mim uma mudança deve acontecer).
E para
finalizar o título é tirado de um frase de Martin Luther King Jr.
“Se
eu não posso fazer grandes coisas, posso fazer pequenas coisas de uma grande maneira”