Mittwoch, 2. Mai 2018

small great things - Jodi Picoult


E mais uma vez demorou um tempo até eu escrever 😉

O livro de hoje é de uma autora que eu gosto bastante e da qual já li muitos livros, Jodi Picoult. O mais conhecido acho que é “Guardiã da Minha Irmã” adaptado para o cinema com o nome de “Uma Prova de Amor”. Então quando saiu o novo livro fui atrás. Demorou um pouco, ele já foi escrito em 2016, mas como importar livros sempre é meio complicado só agora consegui. 



Todos os livros dela tratam de algum tema controverso e este não é diferente. O livro fala de racismo, uma parteira negra acusada de causar a morte de um bebê de pais que pertencem à supremacia branca.
A história é contada a partir do ponto de vista da parteira, do pai da criança e da advogada de defesa, que falam tanto sobre os acontecimentos atuais, como também de como chegaram até ali.

E porque eu gostei?

Porque como muitas pessoas brancas normalmente não penso muito sobre racismo e quando sim é mais para dizer que eu não sou racista e que o assunto não tem haver comigo. E este livro, como também várias outras reportagens ou blogs que li ultimamente, abordam o assunto não só a nível individual, mas de um nível mais institucional ou da sociedade. Não só se eu trato diferente uma pessoa pela raça, cor da pele etc, mas qual o tratamento e as oportunidades que eu tinha ou tenho devido a minha cor da pele, classe social etc e outros não tem.

Um assunto delicado. Porque sim, eu sei que tenho tido muitos privilégios. Ver isto é a parte fácil. Mas agora, o que fazer com este conhecimento? Sou uma pessoa má porque muito do que tenho foi conseguido porque outros não tiveram estas oportunidades? Pegar tudo o que tenho e “dividir entre os pobres?”, organizar passeatas?, ignorar?, me sentir mal com isso?, ...
Não tenho respostas a estas e muitas outras perguntas. Mas sei que sou grata a pessoas como Jodi Picoult que fazem com que eu (e espero que outros também) comece a refletir sobre o assunto. E isto com certeza é um primeiro passo importante para a mudança (porque aqui não há dúvida para mim uma mudança deve acontecer).

E para finalizar o título é tirado de um frase de Martin Luther King Jr.
“Se eu não posso fazer grandes coisas, posso fazer pequenas coisas de uma grande maneira


Montag, 26. März 2018

O Amor Chegou Tarde em Minha Vida


Resultado de imagem para o amor chegou tarde em minha vida

Este foi mais um dos livros que a sorte, ou a seleção especial da biblioteca escolheu para mim. Era uma bancada montada com o tema do mês das mulheres. Livros escritos por mulheres e sobre mulheres.

O título me chamou atenção.

A leitura foi como se fosse uma conversa entre amigas e ela estivesse sentada em um café comigo, me contando todas as experiências dela.

Experiências dela e de outras mulheres importantes, (por exemplo a Luisa Trajano, do Magazine Luiza) em que me reconheci em muitos momentos e que eu achava que era a única a ter aquele sentimento.

Um livro que mais do que o amor pelo marido, que ela conheceu já em uma idade que muitas pessoas acreditam que o amor não chegará mais, conta que o amor próprio chegou tarde na vida dela.

A escolha do vestido de noiva, feito por um amigo dela, totalmente do jeito que ele imaginou e que antes de provar o vestido ela acho que não tinha nada a ver com ela. E como ela se encantou com ele.

Emocionante uma passagem sobre uma matéria de vitrais que ela fez e no final ganhou um coração de vitral recém cortado. O material era frágil, mas ninguém seria capaz de partí-lo. Achei simbólico, achei lindo.

O Natal sozinha em Londres.

O desejo de ser Luciana, desejo da Ana Paula Padrão e que vou dizer que também senti um pouquinho.

Lágrimas me vieram aos olhos com a história do menino no campo de refugiados jogando futebol com as mãos nos bolsos, a calça cairia se ele tirasse a mão...

A linda forma como ela contou que havia encontrado alguém para viver todos os clichês possíveis.

Eu, que só conhecia a Ana Paula Padrão, do boa noite do Jornal da Globo, me senti de frente para uma pessoa real, de carne e osso. Com medos, anseios, desejos, inseguranças e que colocou isso de uma forma que mostra o quanto todas nós mulheres passamos pelas mesmas coisas.

Mais do que um livro sobre a vida dela, é um livro sobre o empoderamento da mulher sem desembarrar em feminismo. Empoderamento da mulher que quer ser mulher, não um tipo diferente de homem.

Sonntag, 25. März 2018

Chocolate - Joanne Harris


Blogs eu acho que são assim mesmo. A gente começa todo empolgado e depois para de escrever. Não é diferente nesse nosso. Mas para mim sempre fica aquela sensação e que eu gosto dele e não quero que ele acabe, então lá vai uma nova tentativa de voltar a escrever.



Fiquei na dúvida sobre o que escrever. Mas optei pelo último livro que terminei.



Chocolate – já o nome dá água na boca.





Há tempos assisti o filme e achei ele gostoso de assistir, assim, sem precisar pensar demais, mas cativante? Então quando há duas semanas vi o livro no sebo comprei. E gostei bastante.



A história é de uma mulher que na quarta-feira de cinzas chega com sua filha a uma pequena cidade do interior da França, onde uma das pessoas mais influente é o pároco super mente fechada, daquele tipo que vê pecado em tudo e exerce seu poder a partir disso.

Bem, a mulher é o contrário, não tem marido (e também não é viúva 😉), vive mudando de cidade, gosta de vestir cores coloridas e acima de tudo abre uma loja de chocolates em plena quaresma – tradicionalmente época de jejum, abstenção.

A trama, que se passa entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa, é contada alternadamente do ponto de vista dela e do padre, contando como se sentem a respeito da loja estar se dando bem, dos clientes, das amizades e inimizades que se formam na cidade. Tudo isto recheado de descrições sobre chocolates quentes, trufas, bolos, doces que dão água na boca.



E porque eu gostei?

Porque um dos temas principais é o pertencer a algum lugar. E como mencionado no último post (que parece que faz um século desde que escrevi) é um assunto que mexe comigo.

Quem é parte da cidade? Quem é aceito, quem apoiado e quem mandado embora?



E apesar de ser um tema mais profundo, o livro é fácil de ler e a gente escolhe o quanto quer se aprofundar. Teve dias onde só captava os aromas dos chocolates e outros onde toda esta luta de fazer parte de algo me pegava.



Boa leitura!



PS: Desta vez li o livro em português e tenho ele aqui para emprestar 😊