Montag, 11. März 2019

A Livraria Mágica de Paris - Nina George


Depois de muito tempo sem escrever, terminei um livro hoje pensando, esse quero compartilhar!

Ele foi parar em minhas mãos enquanto explorava a biblioteca (agora também tenho carteirinha lá 😊). O que me chamou a atenção foi o título. Bibliotecas para mim são lugares especiais, o que pode também ser chamado de mágico.





E porque o livro foi especial?

O livro conta a história de Jean Perdu que há 21 anos foi deixado por Manon e que desde então cuidava da sua livraria que fica em um barco em Paris e se fechou a todos os sentimentos e também aos sentidos.
Por um acaso descobre que Manon não o deixou por não mais amá-lo, mas porque não queria que ele soubesse que estava doente e morrendo. E a partir daí volta a sentir e a viver.
Parte com seu barco em direção da cidade natal de Manon e no caminho encontra amigos, amor, escritores,....

Embora a trama já seja boa, não teria sido suficiente para gostar tanto do livro. Então o que foi?

1)     uma livraria dentro de um barco que não está presa a um lugar só parece muito legal
2)     o livreiro vende os livros como se fossem remédio, para que a pessoa se sinta melhor ao lê-los (o nome da livraria é Farmácia Literária!)
3)     traz várias referências a outros livros e já tem outros que quero ler 😉
4)     além de livros, a autora usa receitas para descrever a volta dos sentidos (e quem me conhece sabe que além de ler, também gosto de cozinhar) – no final do livro tem até algumas receitas dos pratos que aparecem no livro
5)     no final do livro tive a impressão de que o livro para mim também serviu de “remédio”. acalmando os pensamentos do dia-a-dia, fazendo lembrar que o corpo tem sentidos – aqui me fez lembrar Rubem Alves em “Variações sobre o Prazer”, outro livro que me fez não só ler o livro, mas senti-lo.

Enfim acho que foi este último ponto que resume bem, consegui sentir o livro, foi um prazer lê-lo, sentir o verão do sul da França, o sabor das comidas, ouvir as risadas, conversas, sentir as tristezas e alegrias...



Mittwoch, 2. Mai 2018

small great things - Jodi Picoult


E mais uma vez demorou um tempo até eu escrever 😉

O livro de hoje é de uma autora que eu gosto bastante e da qual já li muitos livros, Jodi Picoult. O mais conhecido acho que é “Guardiã da Minha Irmã” adaptado para o cinema com o nome de “Uma Prova de Amor”. Então quando saiu o novo livro fui atrás. Demorou um pouco, ele já foi escrito em 2016, mas como importar livros sempre é meio complicado só agora consegui. 



Todos os livros dela tratam de algum tema controverso e este não é diferente. O livro fala de racismo, uma parteira negra acusada de causar a morte de um bebê de pais que pertencem à supremacia branca.
A história é contada a partir do ponto de vista da parteira, do pai da criança e da advogada de defesa, que falam tanto sobre os acontecimentos atuais, como também de como chegaram até ali.

E porque eu gostei?

Porque como muitas pessoas brancas normalmente não penso muito sobre racismo e quando sim é mais para dizer que eu não sou racista e que o assunto não tem haver comigo. E este livro, como também várias outras reportagens ou blogs que li ultimamente, abordam o assunto não só a nível individual, mas de um nível mais institucional ou da sociedade. Não só se eu trato diferente uma pessoa pela raça, cor da pele etc, mas qual o tratamento e as oportunidades que eu tinha ou tenho devido a minha cor da pele, classe social etc e outros não tem.

Um assunto delicado. Porque sim, eu sei que tenho tido muitos privilégios. Ver isto é a parte fácil. Mas agora, o que fazer com este conhecimento? Sou uma pessoa má porque muito do que tenho foi conseguido porque outros não tiveram estas oportunidades? Pegar tudo o que tenho e “dividir entre os pobres?”, organizar passeatas?, ignorar?, me sentir mal com isso?, ...
Não tenho respostas a estas e muitas outras perguntas. Mas sei que sou grata a pessoas como Jodi Picoult que fazem com que eu (e espero que outros também) comece a refletir sobre o assunto. E isto com certeza é um primeiro passo importante para a mudança (porque aqui não há dúvida para mim uma mudança deve acontecer).

E para finalizar o título é tirado de um frase de Martin Luther King Jr.
“Se eu não posso fazer grandes coisas, posso fazer pequenas coisas de uma grande maneira


Montag, 26. März 2018

O Amor Chegou Tarde em Minha Vida


Resultado de imagem para o amor chegou tarde em minha vida

Este foi mais um dos livros que a sorte, ou a seleção especial da biblioteca escolheu para mim. Era uma bancada montada com o tema do mês das mulheres. Livros escritos por mulheres e sobre mulheres.

O título me chamou atenção.

A leitura foi como se fosse uma conversa entre amigas e ela estivesse sentada em um café comigo, me contando todas as experiências dela.

Experiências dela e de outras mulheres importantes, (por exemplo a Luisa Trajano, do Magazine Luiza) em que me reconheci em muitos momentos e que eu achava que era a única a ter aquele sentimento.

Um livro que mais do que o amor pelo marido, que ela conheceu já em uma idade que muitas pessoas acreditam que o amor não chegará mais, conta que o amor próprio chegou tarde na vida dela.

A escolha do vestido de noiva, feito por um amigo dela, totalmente do jeito que ele imaginou e que antes de provar o vestido ela acho que não tinha nada a ver com ela. E como ela se encantou com ele.

Emocionante uma passagem sobre uma matéria de vitrais que ela fez e no final ganhou um coração de vitral recém cortado. O material era frágil, mas ninguém seria capaz de partí-lo. Achei simbólico, achei lindo.

O Natal sozinha em Londres.

O desejo de ser Luciana, desejo da Ana Paula Padrão e que vou dizer que também senti um pouquinho.

Lágrimas me vieram aos olhos com a história do menino no campo de refugiados jogando futebol com as mãos nos bolsos, a calça cairia se ele tirasse a mão...

A linda forma como ela contou que havia encontrado alguém para viver todos os clichês possíveis.

Eu, que só conhecia a Ana Paula Padrão, do boa noite do Jornal da Globo, me senti de frente para uma pessoa real, de carne e osso. Com medos, anseios, desejos, inseguranças e que colocou isso de uma forma que mostra o quanto todas nós mulheres passamos pelas mesmas coisas.

Mais do que um livro sobre a vida dela, é um livro sobre o empoderamento da mulher sem desembarrar em feminismo. Empoderamento da mulher que quer ser mulher, não um tipo diferente de homem.

Sonntag, 25. März 2018

Chocolate - Joanne Harris


Blogs eu acho que são assim mesmo. A gente começa todo empolgado e depois para de escrever. Não é diferente nesse nosso. Mas para mim sempre fica aquela sensação e que eu gosto dele e não quero que ele acabe, então lá vai uma nova tentativa de voltar a escrever.



Fiquei na dúvida sobre o que escrever. Mas optei pelo último livro que terminei.



Chocolate – já o nome dá água na boca.





Há tempos assisti o filme e achei ele gostoso de assistir, assim, sem precisar pensar demais, mas cativante? Então quando há duas semanas vi o livro no sebo comprei. E gostei bastante.



A história é de uma mulher que na quarta-feira de cinzas chega com sua filha a uma pequena cidade do interior da França, onde uma das pessoas mais influente é o pároco super mente fechada, daquele tipo que vê pecado em tudo e exerce seu poder a partir disso.

Bem, a mulher é o contrário, não tem marido (e também não é viúva 😉), vive mudando de cidade, gosta de vestir cores coloridas e acima de tudo abre uma loja de chocolates em plena quaresma – tradicionalmente época de jejum, abstenção.

A trama, que se passa entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa, é contada alternadamente do ponto de vista dela e do padre, contando como se sentem a respeito da loja estar se dando bem, dos clientes, das amizades e inimizades que se formam na cidade. Tudo isto recheado de descrições sobre chocolates quentes, trufas, bolos, doces que dão água na boca.



E porque eu gostei?

Porque um dos temas principais é o pertencer a algum lugar. E como mencionado no último post (que parece que faz um século desde que escrevi) é um assunto que mexe comigo.

Quem é parte da cidade? Quem é aceito, quem apoiado e quem mandado embora?



E apesar de ser um tema mais profundo, o livro é fácil de ler e a gente escolhe o quanto quer se aprofundar. Teve dias onde só captava os aromas dos chocolates e outros onde toda esta luta de fazer parte de algo me pegava.



Boa leitura!



PS: Desta vez li o livro em português e tenho ele aqui para emprestar 😊





Sonntag, 29. Oktober 2017

Braving the Wilderness - Brené Brown



Demorei, mas voltei.

O livro de hoje é a continuação do primeiro livro que descrevi no blog. Ele saiu em setembro deste ano e acho que até agora só em inglês.



Como havia escrito na época, fiz o curso baseado no livro Rising Strong e gostei bastante. Como ele tem a ver com desenvolvimento pessoal é natural que depois surjam outros temas relacionados ou melhor que são a continuação dos que foram abordados.
Não achei que esta evolução seria “natural”, que muitas pessoas acabam pegando o mesmo caminho e se deparando com os mesmos assuntos, já que cada um teve a sua experiência de vida, ou seja morou em países diferentes (pelo menos neste caso), tem profissões diferentes, constelações familiares bem pessoais,.... Mas vi que um tema que surgiu para mim, surgiu também para a autora e suponho que para mais gente, já que não só eu comprei e gostei do livro.

Mas vamos ao tema do livro. É sobre se sentir fazendo parte de algo. Sobre a sensação de “estou nesse grupo de estudo, nessa reunião de pais mas acho que todos são bem amigos eu não encaixo direito aqui”.
O jeito como ela trata do tema é parecido como nos outros livros. Uma mistura de dados de pesquisas, estudos e experiências pessoais, fácil de ler. Mais do que nos outros parece uma conversa colocada no papel, onde a autora fala diretamente com o leitor. (Pena que não dá para responder e fazer perguntas para ela durante a leitura 😉) E além de descrever esta sensação, propõe modos de lidar com ela baseados no pressuposto: Para fazer parte você não precisa mudar quem você é, mas assumir quem você é. Gostei muito deste ponto de partida. E como ainda por cima há algumas dicas práticas, só resta dizer: mãos à obra e esperar e aproveitar o resultado.