Freitag, 30. Dezember 2016

O Pesadelo - Lars Kepler


A sensação ao mesmo tempo de vazio e de completude. Quase um cansaço depois de algo completado, mas que vai deixar saudades. Às vezes termino de ler um livro e sinto vontade de ficar simplesmente parada. Não estou nem pensando nele estou apenas sentindo aquele final. Não quero me mexer como se aquela sensação fosse me abandonar. É uma sensação estranha, que beira a tristeza,  a prostração, mas que não dá vontade de deixar passar. E quando do tenho ela, é que aquele livro foi bom. Muitos livros que leio são bons, mas nem todos que são bons atingem este estado. É como se este fosse um estado acima do bom, mas que não estivesse necessariamente relacionado à qualidade, mas ao impacto. 

Quanto mais explico, menos claro fica. Como se fosse uma tristeza que vem depois de um final feliz. Justamente porque acabou. E foi com este confuso sentimento que eu terminei de ler 





Sentimento reforçado pelo último parágrafo do livro, na íntegra (e sem spoilers): "Mas este instante é como o momento logo após uma apresentação, quando a última nota morre, a plateia continua fascinada e a ovação está prestes a começar"


A história é boa, mas não incrível, devo confessar. Não é meu primeiro contato com "o autor". Coloco entre aspas pois na realidade trata-se de um casal, que escreve sob pseudônimo. Nas minhas férias eu havia lido "O Hipnotista", há menção rápida ao caso tratado no primeiro livro pelo detetive Joona, mas nada que impeça a leitura deste diretamente. 

Ainda gosto do Joona e de seu método um tanto House de resolver os casos, onde ele sempre sabe de tudo e sempre está certo e ele só precisa aprender que o remédio para dor de cabeça é só o tempo de o corpo acostumar depois é tranquilo e viva uma vida sem dor! Agora é esperar pelo próximo que já há pistas de que vem por aí! Será o Joona o novo Hercule Poirot?




1 Kommentar:

  1. Eu acho que entendi o sentimento que vc descreve. Acho que é um elogio e tanto para os autores.
    Por enquanto a pilha de livros a serem lidos aqui em casa está enorme, mas quem sabe leio algum com o Joona no próximo ano.

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