Fiquei
um tempo sem escrever. Não tanto por não ter lido ou assistido nada, mas porque
„life got in the way“ como dizem alguns amigos meus.
Outro
dia reassisti o filme Hugo Cabret e como da primeira vez, gostei muito.
Para mim
são duas histórias. Uma do menino orfão que depois de ficar sozinho,
trabalhando na estaҫão de trem e precisando roubar para sobreviver, encontra
amigos e um lar. E a segunda sobre o comeҫo do cinema.
As duas
são bem contadas e o filme consegue juntar elas sem que pareҫa forҫado.
O que
mais gostei são as imagens utilzadas. Achei elas muito bonitas, uma mistura de
realidade com fantasia (a vista de Paris), muitos detalhes (os relógios dentro
da estaҫão com seus mecanismos)para citar algumas características.
E eu não
tinha parado para pensar que no comeҫo do cinema para ter filmes coloridos foi
preciso colorir todas as imagens a mão. E algumas das técnicas dos efeitos
visuais, como as cenas no fundo do mar, também achei bem interessante. Hoje é
tão diferente.....
Essa comparaҫão para mim ajuda a reconhecer que
muitos trabalhos hoje são mais fáceis de ser realizados, mas que nem por isso
são melhores. Lógico, se eu olhar pelo lado se as cores são mais autênticas, se
não é possível ver que é apenas um efeito visual e não a realidade, hoje os
filmes são melhores. Mas se eu considerar como critério uma boa história, o
divertimento, as emoҫões, isso tudo não faz diferenҫa. Há filmes antigos, técnicamente
inferiores que tem tudo isso e filmes novos onde a técnica é perfeita, mas que
eu saio do cinema me perguntando porque assisti o filme.
E isso não vale somente para o cinema. Vale
para todas as áreas da nossa vida. Seja a internet, que permite acesso à
informaҫão e contato bem mais fácil, mas que nem sempre torna as amizades e o
conhecimento / sabedoria melhor do que uma carta e o bom e velho jornal e
livro.
O forno que tem o regulador de temperatura,
circulaҫão do ar quente dentro dele etc, mas que nem sempre faz o melhor bolo.
Assim além de aproveitar um bom filme, minhas
reflexões sobre ele colocaram novamente muitas coisas um uma melhor proporҫão,
num melhor contexto, sabendo o que é importante e o que não é.
E para você, o que é mais importante?
A ressignificação do importante está sendo uma constante para mim ultimamente...
AntwortenLöschenTorҫo para que fique assim. Não para te dar trabalho, mas porque acredito que só quando sabemos o que é importante para nós podemos investir nisso a nossa energia (que não é infinita) e nao em coisas que não nos são tão importantes. E em consequência sermos mais felizes.
AntwortenLöschenE como não somos hoje os mesmos que ontem (algo por um lado óbvio, por outro algo que de vez em quando esqueҫo), também nossos valores mudam.
Boa procura pelo importante!