Hoje mais
uma autobiografia do meio da música. A razão por gostar de autobiografias eu já
tinha comentado. Conhecer mais sobre os pensamentos de pessoas que realizaram
algo fora do “normal” e seguiram uma carreira especial.
Essa eu
tinha visto na minha visita ao Brasil em dezembro, mas demorou um tempo até
ler. A pilha de livros não lidos está tão grande que simplesmente sumiu do
radar e só reapareceu agora.
E como
foram duas em um espaço de tempo curto, não teve como não comparar. Para mim
este fato deixou a leitura ainda mais interessante, pois me mostrou alguns
valores que eu tenho e que eu não sabia, ou não estavam tão claros para mim.
Por exemplo
de ambos terem esposos que fazem parte da banda e que mesmo não aparecendo em
primeiro plano para o público são parte essencial do trabalho e que sem eles teria
sido bem diferente ou não teria sido.
Outro tema
que ambos tem em comum é o amor pelo lugar onde nasceram e cresceram. New
Jersey e São Paulo em si são bem diferentes, mas o amor pela cidade natal e a
sempre volta para lá me pareceram parecidos. E eu acho muito bom, quando alguém
consegue falar com carinho do lugar onde vive.
Em comum também
a época que nasceram. Achei interessante conhecer mais da história do Brasil.
Como foi a vida em São Paulo nos anos 50 (como meus pais vieram da Alemanha, não
tenho histórias de família da minha Sampa e ler histórias sobre a minha cidade
de alguém que a ama e conhece outras partes dela é ótimo), a época da ditadura
e alguém que não se interessa por política, mas mesmo assim é impedido de fazer
o que quer.
Outro fato que
mexeu comigo, é que parece que todos que alcançam algo especial na sua vida não
chegam lá porque isso lhes foi dado de presente. Precisaram muito esforço, dedicação
e fases difíceis. Eu muitas vezes esqueço que a maior parte dos famosos que
vejo no auge da carreira e só no palco passou por tempos nada boas com doenças,
brigas familiares, vícios, pobreza, ....
No entanto
existem também muitas diferenças nas biografias. Bem diferente de Bruce
Springsteen é a linguagem, ela usa mais gírias (ou eu não identifico como gírias
o jeito dele escrever...) e inserido tem um fantasma que comenta ou corrige
quando as lembranças não batem totalmente com a realidade.
Estes dois
tipos de escrever para mim refletem as personalidades. Bruce Springsteen mais
pensativo e ponderado, Rita Lee mais porra louca. (comentário a parte, “loucura”
para mim é um elogio).
Até ler o
livro conhecia muitas músicas da Rita Lee, mas não tinha me preocupado muito em
saber mais sobre ela como pessoa. E achei bem legal (comentário da minha amiga
Marina: “a biografia da Rita Lee pode ser legal????” - e ela tem razão, muitas coisas não são legais,
teve drogas, escândalos, prisão, ... no meio). Esse legal, que dá vontade de cruzar
com ela numa festa e bater papo sobre deus e o mundo.
Seguir em
frente escrevendo mais sobre o livro seria pegar passagens específicas para
comentar, mas para hoje isso seria longo demais. Quem sabe mais para frente ao
trocar ideias sobre o livro.
A Rita Lee sempre me pareceu uma pessoa legal para sentar e ter uma conversa! =D
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