Montag, 22. Mai 2017

Rita Lee - uma autobiografia



Hoje mais uma autobiografia do meio da música. A razão por gostar de autobiografias eu já tinha comentado. Conhecer mais sobre os pensamentos de pessoas que realizaram algo fora do “normal” e seguiram uma carreira especial.

Essa eu tinha visto na minha visita ao Brasil em dezembro, mas demorou um tempo até ler. A pilha de livros não lidos está tão grande que simplesmente sumiu do radar e só reapareceu agora. 


 
 E como foram duas em um espaço de tempo curto, não teve como não comparar. Para mim este fato deixou a leitura ainda mais interessante, pois me mostrou alguns valores que eu tenho e que eu não sabia, ou não estavam tão claros para mim.

Por exemplo de ambos terem esposos que fazem parte da banda e que mesmo não aparecendo em primeiro plano para o público são parte essencial do trabalho e que sem eles teria sido bem diferente ou não teria sido.

Outro tema que ambos tem em comum é o amor pelo lugar onde nasceram e cresceram. New Jersey e São Paulo em si são bem diferentes, mas o amor pela cidade natal e a sempre volta para lá me pareceram parecidos. E eu acho muito bom, quando alguém consegue falar com carinho do lugar onde vive.

Em comum também a época que nasceram. Achei interessante conhecer mais da história do Brasil. Como foi a vida em São Paulo nos anos 50 (como meus pais vieram da Alemanha, não tenho histórias de família da minha Sampa e ler histórias sobre a minha cidade de alguém que a ama e conhece outras partes dela é ótimo), a época da ditadura e alguém que não se interessa por política, mas mesmo assim é impedido de fazer o que quer.

Outro fato que mexeu comigo, é que parece que todos que alcançam algo especial na sua vida não chegam lá porque isso lhes foi dado de presente. Precisaram muito esforço, dedicação e fases difíceis. Eu muitas vezes esqueço que a maior parte dos famosos que vejo no auge da carreira e só no palco passou por tempos nada boas com doenças, brigas familiares, vícios, pobreza, ....

No entanto existem também muitas diferenças nas biografias. Bem diferente de Bruce Springsteen é a linguagem, ela usa mais gírias (ou eu não identifico como gírias o jeito dele escrever...) e inserido tem um fantasma que comenta ou corrige quando as lembranças não batem totalmente com a realidade.
Estes dois tipos de escrever para mim refletem as personalidades. Bruce Springsteen mais pensativo e ponderado, Rita Lee mais porra louca. (comentário a parte, “loucura” para mim é um elogio).

Até ler o livro conhecia muitas músicas da Rita Lee, mas não tinha me preocupado muito em saber mais sobre ela como pessoa. E achei bem legal (comentário da minha amiga Marina: “a biografia da Rita Lee pode ser legal????”  - e ela tem razão, muitas coisas não são legais, teve drogas, escândalos, prisão, ... no meio). Esse legal, que dá vontade de cruzar com ela numa festa e bater papo sobre deus e o mundo.

Seguir em frente escrevendo mais sobre o livro seria pegar passagens específicas para comentar, mas para hoje isso seria longo demais. Quem sabe mais para frente ao trocar ideias sobre o livro.


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