Dienstag, 26. April 2016

Elizabeth Gilbert



Hoje escolhi escrever sobre uma autora e não só sobre um livro. A autora é Elizabeth Gilbert. Alguns já devem conhecê-la de Comer, Rezar e Amar, que foi o primeiro livro dela que virou bestseller.


Na época que saiu o livro e também o filme, passou batido. Recordando, eu vi propaganda do filme no centro de Stuttgart, mas como estava afixado num prédio recém reformado com um restaurante novo, achei que era propaganda do restaurante e não procurei mais.

Ano retrasado, quando tive muito tempo para assistir palestras, filmes,...etc na net, vi uma palestra dela sobre criatividade no TED (canal que recomendo bastante). Gostei bastante e lá ela comentou de dois livros dela, “Comer, Rezar e Amar” e um livro mais recente, “The signature of all things”. Então estive na dúvida com qual deles comeҫar. Optei pelo mais recente. 




O livro conta a história de Alma, que nasce em 1800 e vive quase o século inteiro. A protagonista me foi muito simpática; inteligente, sempre disposta a aprender mais, a procurando lugar dela na vida (que muda de acordo com a idade), uma índole boa, mas muitas vezes incapaz de coloca-la em prática.
Gostei também do ponto de vista do narrador, alguém que já conhece toda a história, conhece o mundo de hoje, algumas explicaҫões para o que está acontecendo que os personagens não conhecem, mas não comenta que sabe. Tipo eu (narrador) sei que vc (leitor) conhece a história, as explicaҫões científicas, então não preciso falar mais a respeito.
E não tinha imaginado que musgos poderiam render tanto assunto.
Depois disso cheguei a observar mais também plantas pequenas nos meus passeios, o que para mim foi uma experiência nova e elas são realmente interessantes. Apesar de ainda achar ruim que eles estejam tomando conta do meu jardim..... – a amizade não chega a tanto. ;-)

Depois de terminar o livro vi uma entrevista onde ri muito, porque a autora comenta que dedicou o comeҫo do livro ao pai de Alma, um porque precisava descrevê-lo, mas que foi tão comprido porque adorou descrever as aventuras dele. Ela simplesmente o fez porque foi tao legal fazer!

Desnecessário comentar que depois de ler, fui atrás do outro. E também do filme. O filme é bonzinho, mas gostei mesmo do livro (o que para mim quase sempre é assim). 




E depois disso acompanhei matérias da autora, tanto escritas no facebook (ela posta todos os dias ;-)) e também entrevistas, etc. Várias vezes tive a impressão, se eu soubesse escrever melhor, poderia ter sido eu a autora. Tanto que aconteceu de eu comentar com amigos sobre uma matéria e eles falarem, isso me parece familiar e vendo a minha cara de interrogaҫão acrescentaram, é o que vc sempre fala.

Em dezembro do ano passado saiu mais um livro dela, “Big Magic” que eu também li. É sobre criatividade e como desenvolvê-la. 




Gostei, pois tem algumas dicas que eu aproveitei bastante. Com por ex, não importa o sucesso para continuar fazendo a arte que fazemos. Então posso fazer sem mostrar para ninguém e mesmo assim ser criativa. Ou escrever um blog sem me importar se alguém vai ler ou não, pelo simples prazer de escrever.

No final do ano ela veio para Stuttgart e leu algumas partes do livro em um evento. Foi interessante ouvir ela ao vivo, mas para mim ficou faltando um pouco o lado mais pessoal nesse evento. Suponho que tenha sido pelo propósito do evento, não se se eles teriam topado algumas coisas que em outros eventos ela faz (como cantar, participaҫão do público....). Ou talvez por ser um dos últimos eventos em toda uma viagem de apresentaҫão do livro e cansaҫo da autora.

Atualmente continuo seguindo as matérias que ela escreve diariamente. Algumas são longas demais, outras repetitivas. Mas muitas continuam me tocando e inspirando a experimentar coisas novas. E isso eu acho muito legal.
                                                      
Uma das últimas fala sobre o término de uma loja que mantinha com o marido. E a explicaҫão: “Agora está tudo perfeito, não dá para melhorar mais. Então está na hora de fazer algo novo.”

 

 

Dienstag, 19. April 2016

Jeffrey Archer - A saga de Clifton



Hoje volto a comentar um livro, melhor uma série (o terceiro livro saiu agora, de acordo com o autor vai ser uma série de 7 livros).

Li os dois primeiros no ano passado e gostei muito. Então quando vi o terceiro não tive dúvida, também li. E para refrescar, reli os outros dois, para lembrar quem é quem. Não sei se com vocês também é assim, mas eu esqueҫo e prefiro relembrar relendo do que adivinhando.





A série conta a história de dois amigos Harry e Giles na Inglaterra, comeҫando nos anos 20 do século passado. Como em muitos romances que se passam na Inglaterra um é rico e nobre o outro vem da classe trabalhadora.  No desenrolar da trama um se apaixona pela irmã do outro, vão para a guerra, são presos.... O terceiro livro acaba nos anos 50.

Gostei muito do estilo do autor. Ele é um ótimo contador de histórias.

No final do terceiro livro fiquei com uma dúvida, se o autor no último livro escreveu diferentemente dos primeiros dois, ou se é a época que ele descreve nesse livro que é tão diferente da anterior que faz o livro ser diferente para mim.

Pensando alto: Talvez sejam a época e os problemas particulares de cada época que me fazem preferir os primeiros. Gosto quando os personagens tem ideais e personalidades fortes. E no terceiro, uma geraҫão já enfrentou e venceu seus grandes desafios e a próxima ainda não está madura o suficiente para os dela. Acho que é isso. Descobri que descobri o motivo ao escrever.

E agora preciso esperar..... O próximo livro da série sai só no final do ano (se bem que só é relativo, pois escrever 2 livros em um ano não é “só”).

Como sempre faҫo, fui na internet para procurar uma imagem dos livros. E sabem o que descobri? Os  livros 4-6 já existem. Já estão prontos há anos em inglês. Só a traduҫão para o alemão é que vai sair no final do ano. Então, nada de esperar. Posso ler em inglês já. Oba.

Quando terminar eu comento mais.


Montag, 11. April 2016

O homem bom

Contexto onde se passa a história: alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial e desenrolar de um período da guerra.




Ele é professor universitário e vê como sua única chance de crescimento profissional, filiar-se ao partido. Após resistência interna ele acaba aderindo ao partido e encara isso como parte de seu trabalho sem conhecer as reais implicações que isso podem ter.

Ele passa por anos de crescimento na profissão e em seu papel dentro do partido. Um amigo judeu pede ajuda para sair do país, mais de uma vez e em várias ele o convence de que não há necessidade disso. No fundo ele não está a par do andar da carruagem.

Durante um grande ato contra os judeus o amigo some e ele não sabe se ele foi preso, morto ou fugiu. Com  o passar dos anos e a subida nos degraus da escada corporativa ele tem a possibilidade de acessar os arquivos da Gestapo que tratam e procura os registros referentes à seu amigo. Localiza o campo de concentração para o qual ele foi enviado e vai até lá na esperança de encontrá-lo.


O que fiquei pensando depois do filme foi justamente sobre esta questão da consequência dos atos. Ao decidir se filiar ao partido não por convicção, mas por desejo de crescimento profissional ou pelo menos de manutenção do emprego ele não sabia o quanto ele acabaria se envolvendo, ele não sabia quão grande era o motor do qual ele era uma engrenagem que ajudava a funcionar. 

Quantas decisões nós somos levados a tomar ou ações a executar com as quais não concordamos ou desconhecemos todas as consequências?  Quantas vezes somos obrigados a lembrar daquela música do Chico Buarque que diz: "se a sentença se a anuncia bruta, mais que depressa a mão cega executa, pois que senão o coração perdoa" ou ainda da mesma música "se trago as mãos distantes do meu peito, é que há distância entre intenção e gesto"

Ele era bom, ele não ficou menos bom pelos atos que praticou e ele provoca a reflexão certo e errado que a Karin já trouxe outro dia aqui. A frase da capa é diálogo do filme e pode ser pensada em vários contextos: O que faz as pessoas felizes não pode ser ruim, pode?

Ando muito focada nesta questão de causa e consequência ultimamente e acho que ando falando demais também. Chico Buarque também pode explicar isso (e na mesma música coincidentemente): "Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo."

Sonntag, 10. April 2016

Life by Bryan Adams



Essa foto já tem algumas semanas que eu vi, mas eu gostei muito e quero compartilhar.


Em geral gosto muito das fotos do Bryan Adams (que é mais conhecido como músico). Elas são bem definidas e bem exatas. Nem sempre o tema me toca, mas nesse caso dois aspectos me tocaram.

O primeiro é mais ou menos óbvio, ele achou uma maneira de retratar o comeҫo e o fim da nossa vida em símbolos. Como esses “extremos” da nossa vida me interesssam bastante, acho legal observar como outros os vêem.  

O segundo foi que muitas vezes damos significados totalmente diferentes a coisas que também tem muitas coisas em comum. 

Nesse caso por exemplo. Tanto o carrinho da crianҫa como a cadeira de rodas, são ajudas para quem não consegue andar (tanto), para que a pessoa que a usa e os acompanhantes terem mais liberdade. Dão a oportunidade de poder sair, não estar limitado a um espaҫo físico pequeno. Por exemplo, a mãe usa o carrinho para poder andar mais na cidade e o neto usa a cadeira de rodas para levar o avô para participar de uma festa em família.

Porque em um caso achamos isso legal e no outro não? Porque no caso da crianҫa geralmente pensamos no aspecto positivo (poder sair) no caso do idoso nas restriҫões (não conseguir andar)?

Acho que existem várias respostas para essa perguntae eu não sei dizer se uma é melhor ou mais certa que outra. Sei que para mim, uma consequência é olhar melhor quando julgo algo bom ou ruim. E se possível enfatizar o lado bom. Não porque o lado ruim não exista, mas porque eu consigo lidar melhor com uma situaҫão se olhar mais o lado positivo que o negativo.


Sonntag, 3. April 2016

A Fortuna de Ned / Waking Ned Devine




Hoje quero comentar mais um filme “A Fortuna de Ned “ / Waking Ned Devine



O intuito foi assistir uma comédia e não pensar muito. Acertei em cheio.

A história se passa num vilarejo simples na Irlanda, longe de tudo e todos. Dois amigos descobrem por um anúncio no jornal que alguém da vila ganhou o jackpot da loteria. Lógico que querem uma parte do dinheiro :-). Assim comeҫam a perguntar “discretamente” se alguém ficou rico. Descobrem que o ganhador morreu de alegria ao saber da sua sorte. Como antes de morrer o ganhador já assinou sua aposta, um deles se passa pelo morto quando o funcionário da loteria passa na vila para acertar os detalhes. Problema, esse funionário quer perguntar às outras pessoas se ele é mesmo quem ele diz ser. Fim da história, todos do vilarejo se unem para engana-lo.

A história é simples, na verdade a gente já sabe no comeҫo mais ou menos o que vai acontecer (por isso sem muito spoiler ao contar a história). 

Gostei muito dos diálogos e do humor (dizem que é britânico, eu nunca sei dizer se o humor é de algum lugar, só sei que eu gostei). Engraҫado, simples, sem baixaria – para mim uma mistura perfeita. 


Freitag, 1. April 2016

Ressureição

A Páscoa já passou, mas ainda estou no clima. 

Na sexta-feira santa resolvi ser temática e fomos ao cinema assistir Ressurreição. Desta vez não preciso me preocupar em falar demais, afinal todo mundo já conhece a história base. 
















O que me atraiu no filme, que eu nem sabia que existia antes, foi uma matéria da Folha de São Paulo falando do filme como um potencial para levantar polêmica, como foi o do Mel Gibson, alguns anos atrás. Até ai eu só pensei blá blá blá mundo chato onde tudo tem que gerar polêmica. Quase desisti da matéria, mas continuei. 

Quando chegou ao ponto em que falaram que a ideia central do filme era ser um CSI Jerusalém onde os romanos iam revirar a cidade atrás do corpo de Cristo. Aquilo me pegou de jeito! Eu tinha que assistir o filme. Era muito ousado, eu não podia deixar passar! 

Ainda não tive tempo de procurar repercussão na internet, mas meu voto é que não tem porque gerar polêmica. Apesar de sim, existir uma corrida na cidade atrás do corpo de Cristo, todo o aspecto da fé é preservado e é lindo. Eu diria que torna a história até mais real, talvez por retratar aspectos práticos da questão e eu sempre estar muito ligada aos aspectos práticos de qualquer coisa. Foi quase um "por que ninguém pensou nisso antes?!?"

Só um comentário que não posso me furtar é de que este foi o filme sobre Jesus com menos Jesus que eu já vi em toda a minha vida. Pode ser também impressão da minha parte, pois na mesma matéria havia um enorme destaque ao trabalho de construção do personagem feito pelo ator, que incluía ficar absolutamente sem contato com qualquer outra pessoa e outras esquisitices. Achei over pelo tamanho da participação dele. A construção da personagem é uma necessidade, mas achei exagerado, enfim eu não sou paga para achar nada.