Hoje escolhi
escrever sobre uma autora e não só sobre um livro. A autora é Elizabeth
Gilbert. Alguns já devem conhecê-la de Comer, Rezar e Amar, que foi o primeiro
livro dela que virou bestseller.
Na época
que saiu o livro e também o filme, passou batido. Recordando, eu vi propaganda
do filme no centro de Stuttgart, mas como estava afixado num prédio recém
reformado com um restaurante novo, achei que era propaganda do restaurante e
não procurei mais.
Ano
retrasado, quando tive muito tempo para assistir palestras, filmes,...etc na
net, vi uma palestra dela sobre criatividade no TED (canal que recomendo
bastante). Gostei bastante e lá ela comentou de dois livros dela, “Comer, Rezar
e Amar” e um livro mais recente, “The signature of all things”. Então estive na
dúvida com qual deles comeҫar. Optei pelo mais recente.
O livro
conta a história de Alma, que nasce em 1800 e vive quase o século inteiro. A
protagonista me foi muito simpática; inteligente, sempre disposta a aprender
mais, a procurando lugar dela na vida (que muda de acordo com a idade), uma
índole boa, mas muitas vezes incapaz de coloca-la em prática.
Gostei
também do ponto de vista do narrador, alguém que já conhece toda a história,
conhece o mundo de hoje, algumas explicaҫões para o que está acontecendo que os
personagens não conhecem, mas não comenta que sabe. Tipo eu (narrador) sei que
vc (leitor) conhece a história, as explicaҫões científicas, então não preciso
falar mais a respeito.
E não
tinha imaginado que musgos poderiam render tanto assunto.
Depois
disso cheguei a observar mais também plantas pequenas nos meus passeios, o que
para mim foi uma experiência nova e elas são realmente interessantes. Apesar de
ainda achar ruim que eles estejam tomando conta do meu jardim..... – a amizade
não chega a tanto. ;-)
Depois
de terminar o livro vi uma entrevista onde ri muito, porque a autora comenta
que dedicou o comeҫo do livro ao pai de Alma, um porque precisava descrevê-lo,
mas que foi tão comprido porque adorou descrever as aventuras dele. Ela
simplesmente o fez porque foi tao legal fazer!
Desnecessário
comentar que depois de ler, fui atrás do outro. E também do filme. O filme é
bonzinho, mas gostei mesmo do livro (o que para mim quase sempre é assim).
E depois
disso acompanhei matérias da autora, tanto escritas no facebook (ela posta
todos os dias ;-)) e também entrevistas, etc. Várias vezes tive a impressão, se
eu soubesse escrever melhor, poderia ter sido eu a autora. Tanto que aconteceu
de eu comentar com amigos sobre uma matéria e eles falarem, isso me parece
familiar e vendo a minha cara de interrogaҫão acrescentaram, é o que vc sempre
fala.
Em
dezembro do ano passado saiu mais um livro dela, “Big Magic” que eu também li.
É sobre criatividade e como desenvolvê-la.
Gostei,
pois tem algumas dicas que eu aproveitei bastante. Com por ex, não importa o sucesso
para continuar fazendo a arte que fazemos. Então posso fazer sem mostrar para
ninguém e mesmo assim ser criativa. Ou escrever um blog sem me importar se
alguém vai ler ou não, pelo simples prazer de escrever.
No final
do ano ela veio para Stuttgart e leu algumas partes do livro em um evento. Foi interessante
ouvir ela ao vivo, mas para mim ficou faltando um pouco o lado mais pessoal
nesse evento. Suponho que tenha sido pelo propósito do evento, não se se eles
teriam topado algumas coisas que em outros eventos ela faz (como cantar, participaҫão
do público....). Ou talvez por ser um dos últimos eventos em toda uma viagem de
apresentaҫão do livro e cansaҫo da autora.
Atualmente
continuo seguindo as matérias que ela escreve diariamente. Algumas são longas
demais, outras repetitivas. Mas muitas continuam me tocando e inspirando a experimentar
coisas novas. E isso eu acho muito legal.
Uma das
últimas fala sobre o término de uma loja que mantinha com o marido. E a
explicaҫão: “Agora está tudo perfeito, não dá para melhorar mais. Então está na
hora de fazer algo novo.”
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