Sonntag, 29. Oktober 2017

Braving the Wilderness - Brené Brown



Demorei, mas voltei.

O livro de hoje é a continuação do primeiro livro que descrevi no blog. Ele saiu em setembro deste ano e acho que até agora só em inglês.



Como havia escrito na época, fiz o curso baseado no livro Rising Strong e gostei bastante. Como ele tem a ver com desenvolvimento pessoal é natural que depois surjam outros temas relacionados ou melhor que são a continuação dos que foram abordados.
Não achei que esta evolução seria “natural”, que muitas pessoas acabam pegando o mesmo caminho e se deparando com os mesmos assuntos, já que cada um teve a sua experiência de vida, ou seja morou em países diferentes (pelo menos neste caso), tem profissões diferentes, constelações familiares bem pessoais,.... Mas vi que um tema que surgiu para mim, surgiu também para a autora e suponho que para mais gente, já que não só eu comprei e gostei do livro.

Mas vamos ao tema do livro. É sobre se sentir fazendo parte de algo. Sobre a sensação de “estou nesse grupo de estudo, nessa reunião de pais mas acho que todos são bem amigos eu não encaixo direito aqui”.
O jeito como ela trata do tema é parecido como nos outros livros. Uma mistura de dados de pesquisas, estudos e experiências pessoais, fácil de ler. Mais do que nos outros parece uma conversa colocada no papel, onde a autora fala diretamente com o leitor. (Pena que não dá para responder e fazer perguntas para ela durante a leitura 😉) E além de descrever esta sensação, propõe modos de lidar com ela baseados no pressuposto: Para fazer parte você não precisa mudar quem você é, mas assumir quem você é. Gostei muito deste ponto de partida. E como ainda por cima há algumas dicas práticas, só resta dizer: mãos à obra e esperar e aproveitar o resultado.


Montag, 7. August 2017

A vez da minha Vida



Este é mais um dos livros que pulou sobre mim na biblioteca. Li a sinopse e ela me conquistou, mas a história não seguiu exatamente o rumo que eu imaginei que teria. Achei que seria um livro mais sério, não foi, mas era sim sobre uma transformação de vida e sobre segunda chance.

Adorei cada minuto que passei ao lado de Lucy e Vida e achei que ia me debulhar em lágrimas, mas o livro tem tantas tiradas com uma pegada de ironia, que é leve e engraçado, mas sim, as lágrimas vieram na última página e nos comentários da autora, também nesta página, após o final.

Foi um bom momento para a leitura dele e em vários momentos me identifiquei com a personagem.

Ver a vida personificada, me deu uma outra ideia de como pode ser o relacionamento com a nossa vida.

Vida contando as verdades dela é como um grilo falante que não nos deixa mentir. Apesar de potencialmente catastrófico ter alguém como Vida interferindo nos nossos rumos, Vida foi o apoio fundamental para ela e seria bom ter este colo nos momentos de necessidade.

A história é todinha contada em primeira pessoa pela Lucy, amo livros em primeira pessoa!


The Great Gatsby - F. Scott Fitzgerald



Faz muito tempo que não escrevo. Levei até um susto quando vi a data da última postagem….
Hoje escrevo novamente sobre um livro. Cheguei a ele por ter assistido ao filme com Leonardo di Caprio há tempos atrás. Gostei do filme e não tinha me tocado na época, que o filme é baseado em um clássico da literatura americana (ou seja, não entendo muito de clássicos... 😉)

 

Li o livro em inglês. Suponho que também no inglês haja tantas diferenças na linguagem de um século atrás que no alemão ou no português, mas como apesar de ler bastante continua sendo apenas uma língua estrangeira, notei apenas que tinha uma linguagem um pouco mais difícil de entender as vezes.
Para quem conhece o filme, ele é realmente baseado no livro (o que nem sempre é o caso), as cenas descritas são as mesmas que as filmadas. O único “problema” disso é que não tinha como tirar a imagem dos atores dos personagens.

Acho que já mencionei em algum post anterior. Uma coisa que, apesar de eu saber, sempre me surpreende, é como temas e modos de vida que julgamos super atuais, onde achamos que somos a primeira geração a pensar sobre algo já foram descritos e vividos há anos.

Resumindo, o livro é bem gostoso de ler e para quem já assistiu o filme sem surpresas na história. 


Freitag, 2. Juni 2017

A Menina que Roubava Livros / O diário de Anne Frank

Hoje o post vai falar de dois livros, pois o assunto que me traz a eles é o mesmo...



Ambos os livros tratam o mesmo período histórico, a 2ª Guerra e em ambos mostra-se o sofrimentos dos judeus escondidos, com uma diferença, em A menina que roubava livros, o ponto de vista principal é da família que esconde o judeu e em o Diário de Anne Frank, é dos judeus escondidos.

O olhar da história também é diferente. Em  A menina... Quem conta a história é a morte, no diário, a própria Anne nos conta o desenrolar do dia a dia.

Os livros são personagens importantes em ambas as histórias. As relações familiares e os dramas de adolescência.

A morte conta a história de maneira surpreendetemente leve. Anne nos conta com a passionalidade de quem está vivendo aquele sentimento.

Os comentários explicativos da morte sobre os acontecimentos são uma atração a parte na história.

Ler o diário me deu vontade de pegar os meus diários da adolescência e ter um encontro com quem eu fui.

Ambos foram livros que me levaram mais uma vez a pensar sobre a finitude da vida. Este é um tema sobre o qual já falei aqui em outra oportunidade e que me persegue de maneira recorrente. Ambos mostram o quanto tudo pode simplesmente acabar e me deixaram com aquele vazio de não querer nem me mexer quando terminei de ler.

Dienstag, 30. Mai 2017

Lila - Marilynne Robinson



Olá. Hj um livro sem ser biografia.




Há algum tempo atrás, não lembro aonde, tinha visto um comentário sobre o livro Gilead e coloquei na lista dos “este vou querer ler um dia e ir olhando até achar”.  Acabei não achando este, mas um outro livro da autora me achou e resolvi começar por ele então.

A história se passa nos anos 40-50 do século passado numa cidade minúscula no meio do nada dos EUA. Lila, uma mulher órfã que tinha levado uma vida nômade com um grupo de trabalhadores rurais, achou trabalho numa cidadezinha, precisou sair de lá devido a complicações da mulher que a criou, passou por um bordel,... chega na cidade de Gilead (que eu descobri mais tarde ser a Gilead do outro livro também) e lá conhece o pastor e os dois começam a se conhecer e a se amar.

O que gostei muito foi a linguagem e o tema, que me lembrou bastante outro livro que já comentei aqui. The Orchadist.
O livro é escrito a partir dos pensamentos de Lila, não na forma de narração de primeira pessoa, mas como um narrador que conhece apenas a visão dela.
Mas como descreve o que ela vê e como sente, nós leitores sabemos dos pensamentos dela, mas muitas vezes também sabemos que na verdade o que ela pensa não é também toda a verdade. As vezes me lembrava uma criança contando uma história, quando os adultos entendem já o que está acontecendo, mas a criança ainda não e ela acha que ninguém sabe.

Ao ler eu geralmente crio uma relação com os personagens, dizendo: essa seria uma pessoa que eu gostaria de conhecer, esse pode passar longe, essa se daria bem nesse grupo, .... Lila foi alguém que eu gostei logo de cara.
Achei interessante que no começo achava ela ser uma menina novinha, bem simples, meio coitada que a gente precisa dar uma ajuda (meio arrogante da minha parte....). E ao longo do livro isso foi mudando. Ela foi mostrando que tem sim muitas coisas a contar, que sabe se virar, tem uma personalidade forte.

Terminei o livro e estou com mais vontade ainda de ler Gilead. Se eu entendi certo pelas descrições, ele conta a mesma, ou parte da mesma história, do ponto de vista do pastor. Quando achar o livro e ler, aviso se é isso mesmo.
E se for, se os pensamentos dele são do jeito que eu imagino que eles fossem sabendo o que Lila sabia.